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Dicionário de Filosofia
Nada | ||
Existem duas concepções do Nada na história da filosofia. Na primeira concepção o Nada é entendido como não ser. Na segunda o Nada é visto como alteridade ou negação. Os fundamentos dessas duas concepções estão, respectivamente, em Parmênides e Platão. Parmênides afirmou que o Nada não é e que não pode ser conhecido nem expressado; Platão, admitiu o ser do não ser e definiu o Nada como alteridade: Resulta que há um ser do não ser, tanto para o movimento quanto para todos os gêneros, já que em todos os gêneros a alteridade, que torna cada um deles outro, transforma o ser de cada um em não ser, de modo que diremos corretamente
que todas as coisas não são e ao mesmo tempo são e participam do ser.
Assim, enquanto para Parmênides o Nada é absoluto não ser, portanto não é pensável nem expressável de modo algum, para Platão o Nada é a alteridade do ser, ou seja, a negação de um ser determinado (por exemplo, do movimento) e a referência indefinida a outro gênero do ser (ao que não é movimento). |
Naturalismo | ||
1 - Doutrina para a qual os poderes naturais da razão são mais eficazes que os produzidos ou promovidos pela filosofia no homem. 2 - Doutrina segundo a qual nada existe fora da natureza e Deus é apenas o princípio de movimento das coisas naturais. 3 - Negação de qualquer distinção entre natureza e supranatureza e tese de que o homem pode e deve ser compreendido, em todas as suas manifestações, apenas em relação com as coisas e os seres do mundo natural. |
Natureza | ||
1 - Princípio do movimento ou substância; 2 - Ordem necessária ou conexão causal; 3 - Exterioridade, contraposta à interioridade da consciência; 4 - Campo de encontro ou de unificação de certas técnicas de investigação. |
Naturismo | ||
Doutrina ou crença de que a natureza é o guia infalível para a saúde física e mental do homem, e de que o homem deve retornar a ela em seus comportamentos e costumes, afastando-se das criações artificiais e da sociedade. |
Náusea | ||
Experiência emocional de gratuidade da existência. Essa noção foi introduzida na filosofia por Jean-Paul Sartre e por ele ilustrada principalmente no romance intitulado A Náusea. |
Necessário | ||
O que não pode não ser, ou o que não pode ser. O que não pode ser é o impossível, que é o contrário oposto de Necessário, sendo também Necessário. |
Necessidade | ||
Dependência do ser vivo em relação a outras coisas ou seres, no que diz respeito à vida ou a quaisquer interesses. |
Neocriticismo | ||
Retorno ao estudo de Immanuel Kant na metade do século 19 cujas características são: 1 - Negação da metafísica e redução da filosofia a reflexão sobre a ciência; 2 - Distinção entre o aspecto psicológico e o aspecto lógico-objetivo do conhecimento, em virtude da qual a validade de um conhecimento é completamente independente do modo como ele é psicologicamente adquirido ou conservado; 3 - Tentativa de partir das estruturas da ciência, tanto da natureza quanto do espírito, para chegar às estruturas do sujeito que a possibilitam. |
Neopitagorismo | ||
Volta ao estudo e interesse pela filosofia pitagórica no século I a.C. Vários filósofos, como Figulo, Apolônio de Tiana, Nicômaco de Gerasa e Numênio de Apaméia declaravam inspirar-se nas doutrinas do pitagorismo antigo. As doutrinas destes escritores nada têm de original, mas apresentam características que se tornaram próprias do neoplatonismo. |
Neoplatonismo | ||
Escola filosófica fundada em Alexandria por Amônio Saccas no século II d.C, cujos maiores representantes são Plotino, Jâmblico e Procios. O Neoplatonismo é a utilização da filosofia platônica para a defesa de verdades religiosas. Os fundamentos do Neoplatonismo. são os seguintes: 1 - Caráter de revelação da verdade que se manifesta nas instituições religiosas existentes e na reflexão do homem sobre si próprio; 2 - Caráter absoluto da transcendência divina: Deus, visto como o Bem, está além de qualquer determinação cognoscível e é julgado inefável; 3 - Teoria da emanação, ou seja, todas as coisas existentes derivam necessariamente de Deus; 4 - Retorno do mundo a Deus através do homem e de sua progressiva interiorização, até o ponto do êxtase, que é a união com Deus. |
Como referenciar: "Dicionário - N" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 23/11/2024 às 02:50. Disponível na Internet em http://sofilosofia.com.br/vi_dic.php?palvr=N&pg=0